Isto
foi uma conversa de prateleira de biblioteca. Foi o que um livro empoeirado
perguntou para uma edição rara ao seu lado. E a edição rara, amarelada pelo
tempo respondeu: Na próxima encadernação eu quero ser “the book on the table”,
isto é, quero estar em evidência, quero ser reconhecido, quero ser ‘best
seller’.
Se livros falassem isto não seria uma
mentira. Você sabe como reconhecer uma mentira? É fácil. Toda mentira é
baixinha, por que a mentira tem a perna curta. Me perdoem os anões, que embora
tenham pernas curtas não são mentiras; são reais, verdadeiros, plenos e
portadores de todas as capacidades. São tão reais que não morrem. Pelo menos, eu
nunca fui a um enterro de anão.
Anões são nossos semelhantes e
totalmente iguais a nós. Eu tive um amigo anão e tínhamos muitas afinidades,
mas eu só não gostava de uma coisa. Ele não concordava comigo em nada. Tudo o
que eu dizia, ele respondia: Ah, não! Ah, não! - Outro dia eu vi um anão saindo
de um centro espírita, todo feliz, todo sorridente, e eu não resisti e
perguntei:
- Porque tanta felicidade? Eu, não
acredito “nessas coisas de espírito”, mas eu vi você entrar tão triste e agora,
ao sair, está dando pulinhos de alegria. Ele, seriamente, me respondeu:
- É que agora eu não sou mais anão; lá
dentro um senhor me disse que eu sou “médium”. O homenzinho não havia
compreendido. Na verdade, ele continuava sendo anão. Se a forma como o anão
tinha entendido preenchia seu ego, ele poderia continuar regido por uma
mentira. A mentira pode ser muito convincente e atingir muitos cristãos
incautos. Em alguns casos ela tem pernas longas e atravessam séculos fazendo
com que pessoas nasçam, vivam e morram debaixo da mentira. Existe uma mentira
que é muito antiga. Mais velha que o cristianismo. Os primeiros registros dessa
mentira encontram-se na Índia, 700 anos a.C. É uma mentira é da época do
profeta Ezequias, rei de Judá e isto significa que ela já ultrapassou 2700 anos.
Esta mentira se chama reencarnação. Ela desvia
definitivamente o homem da cruz de Cristo.
A reencarnação é uma mentira porque exclui impiedosamente o
perdão de Deus. No lugar da mensagem da maravilhosa graça, coloca-se a
impiedosa mensagem de que cada um deve expiar seus próprios pecados, por seus
próprios méritos por meio de vidas sucessivas. Ela nega os méritos da paixão.
De todas as mentiras de fundo religioso, a reencarnação é a mais antiga, a mais
perseverante, a mais ampla, a mais atual e a mais iníqua.
No Deuteronômio se lê: “Não se ache entre vós quem purifique seu
filho ou filha, fazendo-os passar pelo fogo, nem quem consulte os adivinhos ou
observe sonhos ou agouros, nem quem use malefícios, nem quem seja encantador,
nem quem consulte os pitões (os
médiuns) ou adivinhos (cartomantes,
tarólogos, quiromantes, etc) ou indague
dos mortos a verdade. Porque o Senhor abomina todas estas coisas e por tais
maldades exterminará estes povos à tua entrada” (Deut. 18.10-12).
(zezinho)