“se pena de morte não existisse na Judeia,
há dois mil anos atrás,
você seria cristão?”.
há dois mil anos atrás,
você seria cristão?”.
A data em que escrevo é 01.10.2014;
07:00h quarta-feira. Estava vendo o programa jornalístico do César Filho e,
francamente, tive vontade de chorar. Chorar de pura revolta.
Um guarda municipal de Rio das Pedras (SP) foi assassinado em Piracicaba (SP), na noite desta terça-feira (30). De acordo com a Polícia Militar, o agente, que morava em Piracicaba, foi baleado diversas vezes enquanto estava à paisana em uma padaria no bairro São Jorge. O crime foi cometido por volta das 21h, próximo ao terminal de ônibus da comunidade. Ninguém foi preso.
Um guarda municipal de Rio das Pedras (SP) foi assassinado em Piracicaba (SP), na noite desta terça-feira (30). De acordo com a Polícia Militar, o agente, que morava em Piracicaba, foi baleado diversas vezes enquanto estava à paisana em uma padaria no bairro São Jorge. O crime foi cometido por volta das 21h, próximo ao terminal de ônibus da comunidade. Ninguém foi preso.
Em Piracicaba, no
desenrolar de um assalto, um guarda parado em frente à padaria, que seria o
alvo dos dois assaltantes que chegaram em uma moto sem placa, é surpreendido.
Tomam sua arma e o mesmo permanece imóvel, assustado, sem ensaiar nenhuma
reação. Os assaltantes já estavam saindo em fuga e, no entanto, um deles
retorna e dispara vários tiros na cabeça da vítima. Você, com certeza, se visse
a cena, se emocionaria ou até choraria. Morreu um inocente. Provavelmente, um
pai de família que deixa esposa; quem sabe, filhos.
Isto não é um incidente
isolado. Morremos todos os dias; morremos a cada dia. Somos mártires. Somos
mártires porque insistimos em viver. Insistimos em educar nossos filhos e amar
nossas esposas. Insistimos e olhar para o próximo. Insistimos em sorrir; insistimos
em rezar e cantar louvores. Somos mártires porque o que fazemos é sob nossa fé.
Somos mártires hoje e sempre foi assim. Os justos, os inocentes sempre morrem.
Estes assaltantes se foram sem remorso porque para eles, esta ocorrência foi,
apenas, mais um ato de rotina, uma missão cumprida. Isto mostra-nos com muita
clareza que existe pena de morte. Pior ainda, existe execução primária.
Em casos como este, penso que não
exista recuperação. Não faço apologia à pena de morte, mas fico pensando que “se pena de morte não existisse na Judeia,
há dois mil anos atrás, talvez eu não seria cristão”.