Se você acredita, levanta a sua mão e agradeça a Deus,
porque muitos não acreditam. Azar de quem não crê.
Estou
escrevendo porque eu e minha família fomos agraciados sobejamente, e somos
testemunhas de um milagre.
É verdade que quanto aos milagres não
devemos ser crédulos, nem incrédulos. Existem os que não creem em milagres.
Existem os que encontram milagres em tudo. Então temos que ser sábios e
prudentes.
Para se falar em milagres é importante
esclarecer alguns pontos. O que é graça e o que é milagre? Graça é um dom
gratuito de Deus e você pode receber mesmo não crendo e mesmo desfazendo e
duvidando dos que afirmam ter recebido. Jesus distribui graças e nos deixou os
sacramentos que são veículos da graça. O milagre é um fato causado por Deus. É um acontecimento fora da
ordem natural. Somente Deus pode alterar a ação das leis e causas naturais,
produzindo um fato que contradiz a ordem normal. Você que não acredita, saiba
que os milagres acontecem em ocasiões
extraordinárias, e, normalmente, para comprovar uma verdade da fé para aqueles
que duvidam. Você tem o direito de não crer, mas não deve fechar os olhos à
verdade. E, se milagre é uma farsa, uma fantasia; então, é a mais extasiante
farsa, a mais bela e confortadora fantasia que cura a alma e o corpo.
De
certa forma a graça e o milagre sempre estão relacionados à fé. Ou são frutos da fé, ou acontecem para
despertar a fé. Os fiéis não produzem milagres. A Igreja não produz milagres.
Somente Deus faz milagres e o faz, também, através de seus santos. A Igreja é
sábia e por isso é quem pode duvidar e contestar os milagres. Normalmente quem
afirma primeiro que o milagre aconteceu e é verdadeiro é a ciência, não a
Igreja.
Minha
esposa F.J.P.S., alguns anos atrás havia feito uma radiografia e nesta acusava um pequeno nódulo no pulmão.
Nódulo, para os incrédulos, pode ser apenas uma manchinha. Era um nódulo, não
era defeito do equipamento. Um medo preocupante afastou minha esposa da
hipótese de uma cirurgia, mas não a afastou da oração. O tempo passou, dois
anos após a primeira radiografia, uma tosse contínua que não a deixava nem
dormir poderia ter sido um alerta. Ela passou por um cardiologista em março/14,
que pediu um RX do tórax. Explico: era
outro médico, outro convênio, outro hospital. A segunda radiografia foi feita e lá estava o mesmo nódulo no pulmão
esquerdo. Foi ao pneumologista que pediu exames complementares, sendo uma tomografia que comprovou o resultado do
RX de maio/14. Para descartar a possibilidade de uma cirurgia solicitou uma broncoscopia para a realização da
biopsia, sendo esse resultado inconclusivo. A partir daí ela foi encaminhada
para o cirurgião toráxico que 20 dias antes da cirurgia pediu uma nova tomografia com contraste e deu o mesmo resultado. O conselho decisivo do
médico era a cirurgia, fosse benigno ou não. Foi marcada a cirurgia. Orações
foram feitas pela família e pela comunidade. Antes da internação, minha esposa
recebeu a Unção dos Enfermos dada pelo Pe. Borges. No procedimento cirúrgico, o médico colocou
aquela sonda com câmera para chegar ao ponto exato para poder retirar o nódulo,
mas a câmera não conseguia encontrar o nódulo. Então, foi feita outra radiografia, já no momento da cirurgia para
tirar a dúvida, e foi constatado que o nódulo havia desaparecido. O cirurgião
abriu o local onde deveria estar o nódulo e não havia mais nada. Exatamente
onde deveria estar o nódulo ele encontrou três pontinhos semelhantes a
cicatrizes. Ele limpou essa “cicatriz” e encaminhou para a biopsia. Então, ele
chamou minha filha A.R.S. e perguntou o que nós tínhamos feito porque o nódulo
tinha desaparecido. Minha filha contou tudo o que descrevi acima, e foi aí que
o médico falou descontraído:
-
Preciso do endereço deste padre.
Meu agradecimento pela emoção que tive
em ver como é importante uma família estar unida. Agradecimentos da família a
todos que estiveram unidos a nós em oração. Deus tudo pode!
“O
maior milagre que podemos ter, hoje, é o de manter a fé intacta, neste século
maldito e ímpio. E que Deus nos dê a todos a graça da salvação, mesmo que
milagrosamente, se tal nos for necessário. (Orlando Fedeli)