Já
estamos em fevereiro e pouca coisa mudou. Os programas religiosos decretarão e
expulsarão muitos demônios. Muitos pregadores continuarão gritando, pois não
foram avisados que Deus não é surdo.
Surgirão novas receitas para emagrecer.
As propostas políticas continuarão sendo saúde, moradia e geração de
empregos. Sílvio Santos fará as mesmas piadinhas para suas colegas de trabalho.
Cauby vai cantar em algum programa, sua música Conceição. Vanderléia lançará um
novo CD com a música “Por favor, pare agora”. Oh! Vanderléia, por favor: pare,
agora!
É, parece que nada muda, mas tem coisa que
muda. O nosso idioma é dinâmico e muda. As palavras mudam. Elas perdem seus
significados ou adquirem outros. O que eu chamava “carta”, hoje é habilitação.
As “donzelas” viraram “garotas”, mudaram para “gatas” e hoje são “minas” ou
“periguetes”. Palavras que antes ruborizavam as faces, hoje são correntes nas
conversas formais e familiares. Minha mãe me ensinou a dizer “cocô” e “xixi”.
Estes vocábulos foram substituídos. “Urinol” virou penico, e se pronuncia
“pinico”.
Esta
dinâmica dos idiomas, que altera os significados, faz com que coisas
importantes recebam nomes em latim ou grego, isto é, linguas mortas. Fique
claro que línguas mortas não são aquelas faladas pelos zumbis. Estas línguas
mortas guardam a concretude dos conteúdos e preservam o sentido verdadeiro das
palavras. O que foi escrito 2.000 anos atrás continua com o mesmo valor e
significado. As escrituras foram escritas em hebraico, aramaico e
posteriormente traduzidas para o latim e o grego, e as escrituras estão vivas
até hoje.
A
Igreja afirma sem vacilar que os quatro evangelhos canônicos “transmitem fielmente o que Jesus, o Filho
de Deus, vivendo entre os homens, fez e ensinou” (Concílio Vaticano II,
Constituição Dogmática Dei Verbum, n.º 19).
Por
isso, existe uma palavra (pasmem!) que jamais perderá o seu significado. É a Palavra de Deus. Ela é sempre atual, viva e eficaz. Jamais perde
seu sentido único. “Assim como a chuva e a neve descem dos céus e
não voltam para eles sem regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, para
ela produzir semente para o semeador e pão para o que come, assim também ocorre
com a palavra que sai da minha boca: ela não voltará para mim vazia, mas fará o
que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei.”(Isaias 55:10,11)
- Com os ouvidos de discípulos devemos
sempre deixar a Palavra de Deus fecundar, germinar e produzir seu efeito de
purificação, transformação e cura. Esta palavra pode mudar tudo em sua vida. A palavra de Deus tem significado
inalterável e único: salvação.