25 de out. de 2008

+ A era de Cristo já era...

Nas décadas de sessenta e setenta, diziam que já estávamos ingressando na era de aquário. O planeta sofreria grandes transformações, e haveria um grande salto na evolução da humanidade. Diziam que a era de peixes, era do amor, era de Cristo já estava expirando e, que entrávamos na era da razão. Sem razão porque a guerra do Vietnam matava os jovens que ouviam Elvis, Beatles e Rolling Stones. Os hippies escandalizavam o mundo com a mudança comportamental sob a bandeira do amor livre. Outras culturas, outras posturas, atravessaram os mares para aqui morar. Os hare-kristnas tomaram as esquinas batendo pandeirinhos, cantanto mantras de uma nota só. Havia um televisor All Acess, modelo Comodoro em cada sala. Ouvíamos Dominique-nique-nique, A hard day’s night e Cansone per te. Todo mundo queria praticar Karatê e Yoga. As meninas desfilavam de mini-saia e blusinhas de Ban-lon. Toda criança queria uma botinha Kicker. Era um senta-levanta e o Tergal, lavado com Rinso na Enxuta não amarrotava. Todo mundo adorava Grapette.

Muitos diziam que os extraterrestres eram anjos. Outros diziam que os alienígenas, disfarçadamente, já viveriam entre nós. O Cometa Absinto passaria muito próximo da terra, com risco de se chocar com nosso minúsculo planeta; isto nos tiraria da órbita natural desencadeando as catástrofes do apocalipse. Em conseqüência da tangência com este cometa, o eixo terrestre mais se inclinaria, o que nos mostraria ao olhar para o alto, um novo céu. Mares e oceanos, inevitavelmente, invadiriam os continentes. A hecatombe do planeta estava próxima. Quanta bobagem! Enquanto casais apaixonados admiravam o Cruzeiro do Sul, feito assinatura divina no firmamento, outros: ufologistas, ovnistas e notívagos de olhos vermelhos, com seus fracos telescópios varriam os céus procurando discos voadores e alienígenas. Parecia que ninguém tinha o que fazer. Estes perscrutadores de perseidas e faíscas celestes tiraram conclusões de suas hipóteses infundadas. Sustentaram e se assentaram sobre suas teses e a partir de suas fantasias e visões mentais, mesmo não sabendo o que viram, alienados, se isolaram, criando comunidades exotéricas (com “x”) alternativas ou fundando novas seitas.


Se a era do amor estava findando, como tantos vieram depois em nome do amor? Muitas beatificações e canonizações têm acontecido, e os santos ainda andam sobre a terra. Eu sei que em nome de Jesus, outros menos santos saíram pelo mundo fundando seitas e as dividindo, subdividindo e “sub-subdividindo” em novas seitas, cultos, e congregações. Igrejas? Surgiram tantas e quantas! Hoje, já são mais de 23.000 denominações de seitas cristãs se contradizendo, e afirmando que são verdadeiras.

Graças a Deus, eu e você continuamos firmes centrados na Eucaristia e sob o manto de Maria. A eles, não nos aliamos. Com eles não multiplicamos, não congregamos, porque fomos contaminados pela verdadeira fé. Nós temos que ser duros. Nós também somos pedra. Não sabemos como, mas temos na memória a lembrança daquele instante quando as sombras da tarde empurravam para trás das colinas a fraca luz do dia e o céu acinzentado despejava sua tristeza sobre a Palestina. Não era apenas o final do dia, e sim o de uma época. Ele, que permanecera calado e sozinho durante as últimas horas, chamou para perto de si seus discípulos. Olhou-os nos olhos demoradamente, como se fosse a última vez. Foi esta a sensação que eles tiveram em suas almas. Sabiam que Ele estava chamando os filhos para o adeus. Era um momento tenso e enigmático. Era o instante do último pedido, do último desejo”.
- Pedro!
- Sim, Mestre.
- Tu és Cefas.
- Sim, Mestre, eu sei. Sou Pedro, sou Cefas. Todos me chamam assim. Uns me chamam Pedro, outros dizem Cefas.
- Não mais te chamo Pedro. Chamo-te, pedra. Tu és uma Pedra. És duro como uma pedra. Tu serás a primeira pedra assentada no alicerce.
- Vamos construir uma ara, Mestre? Vamos fazer um altar para sacrifícios?
- Haverá sacrifício, mas a ara já foi assentada. Pedro, tu és a pedra do fundamento. Sobre esta pedra é que vou edificar a “Minha Igreja”. Tu és o fundamento, mas em verdade, esta não será a Igreja de Pedro, nem de Paulo, nem de João. Será a “Minha Igreja”. Esta Igreja sou eu. Somente Eu sou o caminho, a verdade e a vida. As portas do inferno não prevalecerão contra a minha Igreja. Eu estarei com ela até o final dos séculos.


Obrigado, Senhor, por estar aqui nesta Igreja, nesta igreja, nesta comunidade. Cristo é ontem, hoje e sempre!

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