23 de jun. de 2016

TERMOS – GÍRIAS – CURIOSIDADES 02

O QUE É PAREIDOLIA

Pareidolia é um fenômeno psicológico comum em todos os seres humanos, conhecido por fazer as pessoas reconhecerem imagens de rostos humanos ou animais em objetos, sombras, formações de luzes e em qualquer outro estímulo visual aleatório.
Mesmo sendo mais comum a pareidolia de imagens, este fenômeno também engloba os sons, fazendo com que uma sequência de ruídos seja interpretada como palavras ou frases com algum significado para o ouvinte.
Por exemplo, em músicas que são reproduzidas ao contrário, muitas pessoas alegam ouvir mensagens que são supostamente consideradas mensagens subliminares, quando na verdade pode não passar de uma simples pareidolia sonora.
Saiba mais informações sobre o significado de mensagem subliminar.












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O QUE É PLEONASMO?
Definição e alguns exemplos.

O pleonasmo compõe o conjunto de figuras de sintaxe. Trata-se dos fenômenos linguísticos relacionados diretamente com a construção frasal, com a estrutura dos elementos sintáticos na oração. Neste caso, o pleonasmo configura-se por uma repetição, para alguns gramáticos sua característica principal é o excesso ou redundância.

O uso de pleonasmos no dia a dia é muito comum. Por hábito ou por desconhecimento, são transmitidas mensagens redundantes, ou seja, mensagens com repetição desnecessária de ideias. 
Algumas doem nos nossos ouvidos. Algumas são aceitáveis. no caso de permissões poéticas. Seguem alguns exemplos de pleonasmo, mais precisamente, vícios de linguagem.

Adiar para depois

Amanhecer o dia
Ambos os dois
Canja de galinha

Certeza absoluta

Comparecer pessoalmente
Conviver junto

Conclusão final

Consenso geral

Demente mental
Elo de ligação
Escolha é opcional.
Fatos reais

Há muitos anos atrás

Hemorragia de sangue
Manter a mesma
Monopólio exclusivo
Novidade inédita
Opinião pessoal
Países do mundo
Panorama geral

Pequenos detalhes

Planejar antecipadamente
Planejar o futuro
Própria autobiografia

Protagonista principal

Repetir de novo

Surpresa inesperada
Ver com os próprios olhos
Viúva do falecido
Um único


OBVIEDADES

1. Planos ou projetos para o futuro.
(Você conhece alguém que faz planos para o passado? Só se for o Michael J. Fox no filme De volta para o Futuro...)

2. Criar novos empregos
.
(Ora, bolas, alguém consegue criar algo velho?)

3. Habitat natural.
(Todo habitat é natural; consulte um dicionário.)

4. Prefeitura Municipal
(No Brasil, só existe prefeitura nos municípios. Alias, ainda bem!)

5. Ganhar grátis.

(Alguém ganha pagando?)

6. Países do mundo.
(E de onde mais podem ser os países?)

7. Exultar de alegria.
(Você consegue exultar de tristeza?)

8. Viúva do falecido.
(Até prova em contrário, não pode haver viúva se não houver um falecido.)

9. Conviver junto.
(E possível conviver separadamente?)

10. Sua autobiografia.
(Se é autobiografia, já é sua.)

11. Sorriso nos lábios.
(Já viu sorriso no umbigo?)

12. Goteira no teto.
(No chão é impossível!)

13. Estrelas do céu. (Paramos à noite para contemplar o lindo brilho das estrelas do mar...)

14. Gritar alto.
(Tem como gritar baixo?)
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A CEDILHA COMO SURGIU?
Embora tenha deixado de ser empregada na grafia da língua espanhola, a cedilha surgiu na Espanha. A origem da palavra vem de "cedilla", diminutivo de "ceda", nome da letra "z" nesse idioma.
Primitivamente, a cedilha era um pequeno "z" que se colocava debaixo do "c" para indicar que a letra correspondia ao som de [s]. O castelhano abandonou o uso da cedilha no século 18, a qual foi substituída por “z” ou “c” simples antes de “e” e “i”.

A cedilha ainda é utilizada em português, catalão e francês para gerar o som [s] antes de “a”, “o” e “u”.

 *Fonte:* *http://www.soportugues.com.br/sec...

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COLETIVO DE BORBOLETA
Em português, o coletivo de borboletas é uma panapaná ou uma panapanã. Podem ser usados ainda coletivos  não específicos, como “nuvem de borboletas” ou “bando de borboletas” – que podem ser preferíveis em contextos gerais, já que, a rigor, uma panapanã ou panapaná não é qualquer coletivo de borboletas, mas, especificamente, de borboletas que estejam em migração.

Panapaná e panapanã, substantivos femininos, são não apenas formas em português para o coletivo de borboletas, mas são também, ambas, sinônimos de borboleta. Assim, uma panapanã (ou uma panapaná) pode ser uma borboleta, ou um bando de borboletas.
(Existe também o substantivo masculino “panapaná”, que é um tipo de feijão, sem relação com borboletas.)
Panapanã vem de panãma, “borboleta” em tupi. Dessa forma resultou a palavra “panamá” (que Houaiss também registra como sinônimo tanto de borboleta quanto de panapanã). Da perda da última sílaba e da duplicação do termo (“panã-panã“), resultou a forma “panapanã”, que gerou também a variante panapaná (a pronúncia original tupi era mesmo com a vogal final nasalizada: o som do ã nasal, que tanta dificuldade causa aos estrangeiros que tentam aprender o português, já era marca das línguas tupi e guarani, que usam e abusam, por exemplo, da palavra “porã”, que significa “bonito”).
Hoje se vê mais a variante “panapaná”, embora tanto panapaná e panapanã sejam sinônimas e aceitas – ambas constam do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras.
Embora Aurélio considere panapaná (assim como seu sinônimo panapanã) como o coletivo de borboletas,Caldas Aulete a registrava com significado muito mais restrito: panapaná seria um “bando de borboletas, que migram em certas épocas, formando verdadeiras nuvens”.
Houaiss também restringe o significado do termo, descrevendo panapaná como: “1. borboleta; 2. bando de borboletas em migração; 3. aglomeração de borboletas de várias espécies, geralmente reunidas para sugar sais minerais em terra úmida à beira de rios“. E o saudoso Paschoal Cegalla, em sua clássica “Novíssima Gramática da Língua Portuguesa”, listava “panapaná” em sua tabela de coletivos – porém não simplesmente como coletivo de borboletas, mas sim como coletivo “de borboletas em bando migratório“.
Com base nessa divergência entre autores, pode-se preferir, para o coletivo de borboletas, o uso de um coletivo não específico, como “uma nuvem de borboletas” (ou ainda a menos poética “bando de borboletas”, como usam os próprios Aulete, Houaiss e Cegalla).
(Uma possível pergunta relacionada: estaria correto, de todos modos, dizer “uma panapanã de borboletas”? Ou seria redundante? A resposta é que não há regra explícita para esse caso. Efetivamente, há coletivos específicos, que, por só poderem se referir a um único substantivo, dispensam o complemento: diz-se “um arquipélago”, e não um “arquipélago de ilhas”, como não se fala em “uma biblioteca particular de livros” ou “uma boiada de bois”. Mas mesmo nos melhores autores encontram-se exemplos como “buquê de flores”, “molho de chaves” ou mesmo “enxame de abelhas”. Como se pode ver, a admissão (ou não) do complemento varia de caso a caso, a depender não apenas de quão específico é o coletivo e de quão usual ele é, mas mesmo de pura e simples convenção e tradição da língua.)
(Outra pergunta recebida: estaria errado dizer “um enxame de borboletas”? Não. É verdade que, a rigor, enxame é o coletivo de abelhas, apenas. Em sentido figurado, porém, pode-se  falar em um “enxame”, metafórico, de qualquer coisa: um enxame de flechas; um enxame de meteoros; um enxame de cometas; um enxame de vespas; e até de borboletas – embora, nesses casos, o uso metafórico de “enxame” pressuponha uma conotação diferente (e menos positiva) que aquela que decorreria caso se optasse pelo uso de “uma nuvem de borboletas” – ou, ainda, de uma poética panapanã.)


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