Epifania do Senhor (do grego: Ἐπιφάνεια, :
"a aparição; um fenômeno miraculoso") é uma festa religiosa cristã que
se celebrava no dia 6 de janeiro, ou
seja, doze dias após o Natal, e que, a partir da reforma do calendário
litúrgico em 1969, passou a ser comemorada 2 domingos após o Natal.
Epifania
é o público reconhecimento da divindade do Menino Jesus. Se, por assim dizer, no Natal Deus se manifesta como Homem, na Epifania esse mesmo Homem se revela como
Deus. Assim, nestas duas festas, quis Deus que o grande mistério da
Encarnação fosse revelado com todo o brilho, tanto aos judeus como aos gentios,
dado o seu caráter universal.
No
Ocidente, desde o princípio, celebrava-se o Natal a 25 de dezembro, e no
Oriente, a Epifania a 6 de janeiro. Foi a Igreja de Antioquia, na época de São
João Crisóstomo, que passou a comemorar as duas datas. Só a partir do século V
é que no Ocidente começou a se celebrar a segunda festividade.
Em nossa
atual fase histórica, a Liturgia comemora a Adoração
dos Reis Magos ao Menino Jesus. Por outro lado, ainda
permanecem alguns vestígios da antiga tradição oriental que incluía na
Epifania, além da Adoração dos Reis, o milagre das Bodas de Caná e o Batismo do
Senhor no Jordão. Hoje, em nossa Liturgia, as Bodas de Caná não são mais
celebradas, e o Batismo do Senhor é festejado no domingo entre os dias 7 e 13
de janeiro.
Em
síntese, podemos afirmar que a Epifania, ou seja, a manifestação do Verbo Encarnado, não pode ser considerada
desligada da adoração que os Reis do Oriente prestaram ao Menino Jesus. Nesta
cena está caracterizado um público reconhecimento da divindade do Menino Jesus
unida à Sua humanidade.
A outa Epifania você sabe quando irá acontecer?
Não é oficial. Não consta do Calendário Litúrgico. É pessoal. Você poderia
dizer que ela aconteceu no dia do seu batismo, e de forma alguma estaria
errado. Foi quando você ficou frente a frente com Cristo, quem sabe pela
primeira vez. Você não estaria errado,
mas esta manifestação sacramental de Cristo ocorre pela bondosa intervenção de
seus pais e padrinhos que assumem o dever de presentear você a Cristo e,
futuramente, oportunamente, mostrar Cristo a você.
A outra Epifania será o encontro pessoal que você
terá em algum momento da sua vida, não induzido por pais ou padrinhos, mas pela
recompensa de seu caminho, de sua busca. Será a sua experiência espiritual de
sentir a essência divina na presença do mestre. Será uma experiência única sem
paralelo e nem semelhança a de outrem. Será um momento inigualável,
indescritível, inenarrável que só se pode sentir de forma individual num
indescritível envolvimento de verdade e de amor. Será o instante das lágrimas
de felicidade.
Abra o seu coração de forma dilaceradora para
Jesus e aguarde.
Se entregue com toda a sua alma.
Ele, garanto, virá.