A CHUVA MOLHA AS ALMAS DISTRAÍDAS
A chuva, lá fora, molha as almas distraídas
e o oráculo boceja o hálito tépido da última
oferenda.
As imponentes colunas do capitólio vigiam as fúteis
vidas
dos plebeus, dos patrícios, e do general em sua
tenda.
A vestal letárgica dorme nos degraus do templo,
irresponsável, se esqueceu de alimentar o fogo
sagrado.
O seu castigo, às outras, servirá de exemplo.
Seu degredo, sua escravidão, seu destino está
vaticinado.
Roma se sustenta arrogante em sua glória frágil,
temerária,
enquanto tinge a arena com sangue de dilaceradas
feridas.
Seus heróis são lutadores, que se arrogam em
fama lendária,
enquanto a chuva, lá fora, molha as almas
distraídas.
J. Thamiel
Guarulhos, 21.01.2021
12:32h
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Mesmo que te escondas para não
vê-la,
ela vai insistir para ao teu lado existir.
Pode ser a luz do pirilampo ou da estrela,
mas em teu olhar irá a claridade refletir.
Iluminará teu caminho, teu norte na vida.
Trará esperança e espantará o teu medo.
Ela vai te aconchegar e será tua guarida,
e todos os dias irá te acordar bem cedo.
Ela é fluídica, etérea, brilha de felicidade,
ela impregna de amor tua vida, tua alma,
mas nunca escolhe a quem de luz banhar.
Pode te encher de brilho na obscuridade,
pode te elevar ao pódio e te dar a palma,
mas é a pureza da tua alma que irá brilhar.
Soneto em homenagem ao meu amigo poeta Sérgio Teixeira de Bagé
J. Thamiel
Guarulhos, 24.10.2020
11h18min
Guarulhos, 02.07.2020
10:06h
It has to serve something
Or make a profit;
it would be necessary for something
it was no use,
then poetry was born ...
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